Divergência de Fux sobre os crimes foi o que mais surpreendeu

  • 10/09/2025
(Foto: Reprodução)
Divergência de Fux sobre os crimes foi o que mais surpreendeu A divergência do ministro Luiz Fux no julgamento da trama golpista já era esperada no Supremo Tribunal Federal (STF) em relação às questões preliminares do processo. O que surpreendeu ministros e o mundo jurídico, no entanto, foi o fato de Fux ter estendido seu voto divergente também ao mérito, questionando a existência dos crimes de organização criminosa e de tentativa de golpe de Estado. O ministro Fux ainda precisa concluir o seu voto nesta quarta-feira (10). A avaliação de que Fux divergiria em pontos como a validade da delação de Mauro Cid (na qual o ministro votou para reconhecer a delação premiada) ou a competência do STF para julgar o caso já era dada como certa nos bastidores. A surpresa veio quando o ministro ampliou sua posição para o cerne da acusação. Na largada, Fux descartou a tese de organização criminosa. Em seguida, questionou se os fatos apresentados pela acusação seriam de fato "atos executórios" — que configuram a tentativa de um crime — ou apenas "atos preparatórios ou cogitações". O ministro foi além e classificou manifestações críticas aos outros Poderes como "bravatas", argumentando que discursos, ainda que "rudes", proferidos por agentes políticos não constituem crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. O que o voto de Fux sugere é que todo o material reunido pela Polícia Federal (PF) e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) — como as gravações de reuniões e os documentos como a "minuta do golpe" — não apontaria para a consumação dos crimes contra a democracia. Ao divergir no mérito, o ministro sinaliza um contraponto duro não apenas às preliminares, mas à própria narrativa da acusação construída ao longo de meses de investigação. LEIA MAIS Fux fala em 'incompetência absoluta' do STF e defende anular processo Ministro diz que inconformismo não pode ser confundido com crime de abolição da democracia Veja as diferenças dos votos dos ministros Moraes, Dino e Fux Na terça-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus. O voto foi seguido pelo ministro Flávio Dino. Nesta quinta-feira (11), os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin devem ler os seus votos. Fux diz que bravatas não são passíveis de punição

FONTE: https://g1.globo.com/politica/blog/julia-duailibi/post/2025/09/10/divergencia-fux-sobre-crimes-surpreendeu.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. Raridade

Anderson Freire

top2
2. Advogado Fiel

Bruna Karla

top3
3. Casa do pai

Aline Barros

top4
4. Acalma o meu coração

Anderson Freire

top5
5. Ressuscita-me

Aline Barros

Anunciantes